quinta-feira, março 31, 2011

Talvez...



Talvez eu não tivesse amado

Talvez eu não tivesse chorado

Talvez eu não tivesse sorrido

Talvez eu não tivesse vivido

Mas mesmo assim seguirei a vida tentando

E talvez...

O talvez é a incerteza do medo

O medo é a certeza da dúvida

Por fim, enquanto existe medo, dúvida e vida

Vai haver um TALVEZ.

(Um poema feito durante uma aula do ensino médio para uma colega enquanto acontecia uma aula que eu não lembro. O mais importante é a minha falta de talento.)

Um pensamento da madrugada



Na madrugada, e no contemplamento do silencio que não é meu, mas sim, do universo, me dou conta de como somos pequenos. Em sua infinitude percebemos o quão vã é a nossa idéia de completude...

Passo algum tempo acordado na madrugada ouvindo o silêncio da noite. Invariavelmente, ponho-me a pensar na vida (na minha).
Nesse momento um filme que assisti a tarde não me abandona. O nome do filme é “O primeiro mentiroso”.

Ele se passa num mundo onde só se fala a verdade, doa em quem doer e como doer, enfim, em um mundo “verdadeiramente verdadeiro”. Em meio a todo esse clima de verdade o personagem principal ver-se em um momento ímpar: a sua mãe esta prestes a morrer e sofre com a idéia de vazio que a morte traz; então, o seu filho toma uma decisão que mudará todo o mundo. Ele conta à mãe que após a morte ela encontrará um mundo melhor do que esse, onde a felicidade é plena, onde se reencontra todas as pessoas queridas que já se foram, e que não há espaços para sofrimento. 

Essa “revelação” causa um alivio imediato na mãe dele, contudo, as pessoas, ao ouvirem essa historia do “pós morte”, ficam apavoradas com a descoberta de uma “realidade” subjetiva. Um bom filme, bem humorado e reflexivo.

Então... Cheguei à conclusão que existem mentiras necessárias!

Embora haja a necessidade de sermos verdadeiros precisamos ponderar algumas coisas. Pensemos: como é dura a verdade?! Ouvimos máximas como “a verdade é dura, mas tem que ser dita”, “morrerei pela verdade, mas não viverei por uma mentira” e essas afirmações se enfraquecem á medida em que precisamos fazer o uso de algumas explicações.

Explicações como a do filme... A idéia de finitude traz a nós uma necessidade de justificativas e para isso recorremos às “mentiras”.

Em um mundo onde só se fala a verdade, como conceber a idéia de Deus? (não quero por a prova a sua existência, mas é necessário frisar que há inconsistência na sua “suposta existência”). Diante de uma suposta racionalidade tendemos a acreditar que a verdade deve ser dita acima de tudo, contudo, não atentamos para o problema que isso acarreta.

Seria um caos... hehehe...

Em dados momentos uma mentira sustenta uma existência. Se um dia você pensar em falar que uma pessoa é feia e esta pessoa tiver uma arma em mãos, desista! Ele poderia não estar pronto para a verdade...

Enfim, a idéia é a necessidade de mentir, por isso, mintamos!

A nova contracultura


À esquerda os hippes, na direita as bandas de happy rock

Surgi neste novo século um “remaker” de um movimento dos anos 60. Um movimento que influenciou e influencia muita gente, chamado de Movimento de Contracultura.

Vamos pensar em algumas características desse movimento dos anos 60 e fazer um paralelo com a “nova contracultura”, vejamos:
Para inicio de conversa é importante ressaltar o caráter deste movimento. Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens desta década, seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. 

Suas principais características são:

  • Valorização da natureza; 
  •   Vida comunitária;
  •    Luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão);
  •    Vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;
  •    Respeito às minorias raciais e culturais;
  •    Liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos;
  • Anticonsumismo;
  •  Crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão;
  • Discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado;
Dito isso sigamos...

Como disse no inicio do texto, há hoje uma releitura deste movimento com similitudes, por exemplo: as roupas coloridas continuam fazendo parte do cotidiano a diferença que agora elas são assinadas por grandes marcas e, com isso, vem o primeiro confronto. Se outrora havia uma campanha anticonsumo – o que sugeri um abandono das marcas.

Outro problema (talvez o mais importante) é a falta de um caráter social para este movimento. Sem sombra de duvidas são movimentos antagônicos, enquanto um leva a uma reflexão dos costumes o outro aliena.
Sem que percebamos nossos jovens estão cada vez mais preocupados com os últimos lançamentos de tênis, roupas e acessórios e muitos desses jovens nem tem condições de bancar esse estilo. Sendo assim mais um conflito apresenta-se, esse movimento torna-se segregador diferente do outro que agregava.

Um desafio simples, respondam essas questões: Qual o verdadeiro papel desses novos movimentos? Qual o discurso que ele defende? Qual o interesse da grande mídia nisso tudo?

É preciso repensar essas coisas. Os pais precisam está atentos ao o que os filhos vêem e reproduzem, mas como os pais vão fazer isso se os próprios são alienados por novelas do Brasil, México e um estilo peculiar da Record, as novelas com cara de desenho “estadunidense” como Os mutantes. Enfim, eu ainda acredito em um “feliz para sempre”.

quarta-feira, março 09, 2011

As cinzas escondem as diferenças de uma festa democrática!


Enfim 2011 começou e, após a “maior festa democrática” do mundo, tudo volta a normalidade. Os pobres continuam pobres, os ricos continuam ricos (alguns enricaram mais), os héteros continuam héteros e gays continuam gays (importante lembrar que muitas transformações acontecem nesse período... hehe). Relacionamentos foram desfeitos e outros feitos, enfim, nada fora do normal dos carnavais.
A quarta-feira de cinzas é, sem sombras de duvidas, o melhor dia do carnaval, pois é seu fim...
Eu passei seis dias com medo de ser roubado, com medo de precisar de um socorro medico e tudo isso porque todo contingente do estado da Bahia esta em Salvador cuidando de “pobres ricos” com seus abadás (camisas que dão direito a festa). Protegidos por cordas seguradas por pobres, em sua maioria, negros. Essas pessoas se divertem com um carnaval feito pela TV e que em nenhum momento retrata a realidade dessa festa.
O carnaval é o melhor momento para as “liberdades”. Onde fazer sexo inseguro e usar drogas é o que melhor expressa essa liberdade. Nada mais “natural” numa sociedade de moral no mínimo questionável.
A realidade “segregadora” do carnaval, em especial o de Salvador, é evidente quando vemos as pessoas que curtem os batuques dos tambores. Nesse momento um verso de uma musica do Natiruts. O nome da musica é “Palmares 1999” vale à pena ouvi-la. O verso é o seguinte: [...] E apesar de ter criado o toque do agogô, Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador [...]
Por esse verso pode-se ver quem são as pessoas que participam dessa festa democrática. Os democratas do carnaval são gregos? Porq na Grécia, onde a democracia surgiu, havia uma divisão de classes na sociedade, não eram todas as pessoas que podiam ser chamadas e ter direitos de cidadãos (perdoe os possíveis equívocos, pois não sou historiador)
Eu to cansado!! Chega de pão e circo, de ser roubado com o pretexto de alegria, micareteir@s com suas herpes e outras doenças e nada na cabeça, CHEGA!!